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Família unida, eletrônicos desligados

Uso excessivo de computador, celular e TV distancia pais e filhos, atrapalha sono e mais

Atualizado em

O fácil acesso à tecnologia e o uso excessivo dos eletrônicos no dia a dia pode afetar os

relacionamentos como um todo, em especial os familiares. Já é uma realidade a busca por entretenimento – tanto de adultos quanto crianças e adolescentes – através de celulares, TV, videogames, computadores etc. Ao usar esses recursos excessivamente no dia a dia, as pessoas acabam deixando de lado a interação e o diálogo entre elas. E este isolamento pode sensibilizar e causar um distanciamento emocional na relação entre pais e filhos, ou outros membros da família.

Outro aspecto relevante é que neste tipo de hábito normalmente as pessoas ficam paradas na mesma posição por muito tempo, por vezes até acompanhadas de alimentos saborosos, mas nada saudáveis. Todos esses fatores levam ao sedentarismo e, consequentemente, à obesidade infantil, devido à falta de incentivo da coordenação motora e, claro, à dependência tecnológica.

Tecnologia em excesso impede desenvolvimento infantil

No caso das crianças, o problema é ainda mais grave. De acordo com a psicóloga Érika Loureiro, o uso excessivo da tecnologia prejudica o livre brincar que, segundo ela, é a forma mais prazerosa dos pequenos colocarem em prática suas habilidades, desenvolverem sua visão de mundo, se expressarem e começarem a criar vínculos e relacionamentos.

Para a terapeuta acquântica Ceci Akamatsu, a dependência tecnológica é um problema que começa nos pais, e não necessariamente nos filhos. Ou seja, os responsáveis não podem exigir da criança, se eles também não estão dispostos a seguir a regra de não usar eletrônicos.

“A criança segue muito mais os modelos que vêm dos pais ou das pessoas com as quais ela tem um convívio intenso, do que vive numa individualidade. Então, é mais fácil para ela copiar um comportamento desses responsáveis, algo que os vê fazendo sempre. Mas o desprendimento do uso dos eletrônicos deve ser genuíno, não adianta os pais fingirem que estão se divertindo longe dos equipamentos, pois o filho notará. Abrir um espaço na rotina para dar atenção a si mesmo e aos filhos é indispensável para quebrar o distanciamento causado pela praticidade de ocupar o tempo da criança com os eletrônicos. É muito relevante, também, não colocar o pequeno para fazer atividades demais durante o dia, sem que ele tenha espaço para o lazer”, esclarece Ceci.

Uso de eletrônicos também atrapalha sono e causa estresse

Usar eletrônicos em excesso também pode afetar outras áreas da vida – não só das crianças, mas das pessoas em geral, atrapalhando o sono e causando estresse. Segundo a geobióloga Andrea dos Santos Leandro, os aparelhos causam uma superestimulação no cérebro. Esse estímulo, até certo ponto, é benéfico para o desenvolvimento, mas em exagero acaba sendo um fator bastante prejudicial, principalmente se o uso for feito antes de dormir. A abundância de diferentes informações para serem processadas no cérebro deixa as pessoas aceleradas e pode causar pesadelos.

“É preciso evitar o excesso de aparelhos no quarto de dormir. Este ambiente é, acima de tudo, um lugar para descansar e recuperar as energias. Pode ser um espaço lúdico para a criança se desenvolver, com brinquedos e decoração correspondentes à idade.

Pode até ter um espaço para estudos. Porém, na hora de dormir precisa ser seguro e saudável para proporcionar uma boa noite de sono. Assim, é preciso que as pessoas não coloquem aparelhos eletroeletrônicos no quarto. Caso tenham, que fiquem pelo menos a um metro e meio de distância da cabeceira da cama”, alerta Andrea.

A psicóloga Érika Loureiro acredita que dosar o uso da tecnologia com atividades lúdicas é uma questão de organização e equilíbrio. “Os brinquedos e brincadeiras virtuais têm seu potencial. Além de serem práticos de usar, estimulam a agilidade do raciocínio e a criatividade. Porém, deve haver limite de tempo neste uso, para que os efeitos não sejam opostos e ainda impeçam a criança de praticar atividades ao ar livre”, pondera a especialista.

Abaixo, Érika reuniu algumas sugestões de brincadeiras que podem ser feitas de forma econômica, mas que ainda assim ajudam a fortalecer os laços familiares, dando impulso para que exista um tempo de qualidade e lazer entre pais e filhos. Segundo a psicóloga, as atividades também são uma forma divertida de encorajar a criatividade e o protagonismo infantil. “É importante que a criança veja o seu projeto realizado e seja capaz de identificar sua participação. Dê sugestões e respeite as ideias dela. Mostre interesse, valorize as descobertas e as criações” incentiva Érika.

Dicas de brincadeiras

Cabaninha: com a ajuda de lençóis e cadeiras, monte uma cabaninha para as crianças. Basta forrar os móveis com o pano e a brincadeira está garantida.

Fabricar massinha em casa, botando a mão na massa, literalmente.

A receita é: 2 copos de farinha de trigo, ½ copos de sal, 1 copo de água, 1 colher de chá de óleo e suco em pó ou corante alimentício.

Modo de fazer: em uma tigela, misture bem todos os ingredientes secos. Adicione a água aos poucos e misture com a mão. Acrescente o óleo e misture mais. Por último, coloque o corante e amasse até ficar na cor desejada. Guarde em um saco plástico ou pote de vidro com tampa.

Brincar com massinha estimula a motricidade e o planejamento. A atividade ainda acalma e ajuda no processo de leitura e escrita, pois trabalha a coordenação motora.

Conte uma história inventada, na qual a criança pode colaborar

Cante e dance junto com os pequenos

Monte projetos de sucata: dê asas à imaginação usando materiais simples e recicláveis, como garrafa pet, isopor, embalagens plásticas, papelão, etc.

Plante mudas e sementes: a ideia é colocar a mão na terra, incentivando o contato com a natureza. Se não for possível, coloque uma semente de feijão em um algodão molhado e acompanhe o crescimento da muda.

Cozinhe junto com a família

Ensine o que você brincava na idade das crianças, elas adoram ouvir

Desenhe com giz no chão ou em um papel pardo grande

Faça uma areia cinética: coloque areia fina em um pote e misture um corante alimentício na cor desejada. Depois, despeje a mistura em um pratinho, de forma que fique bem esticada. Deixe secar de um dia para o outro. Quando a areia estiver seca, peneire. Pode adicionar glitter se quiser. Reserve.

Em outro recipiente, adicione ½ xícara de café de cola branca líquida e 1 colher de sopa de sabão líquido. Misture 2 colheres de sopa desse “grude” ao pratinho de areia e vai amassando com a mão até tomar forma.

Bola de barbante: vocês vão precisar de barbantes coloridos, cola branca, água, um pincel e uma bexiga de festa. Dilua um pouco de cola com a água. Com o pincel, passe a cola na bexiga cheia e vá colando os diferentes barbantes em volta. Deixe secar e, quando estiver totalmente seco, estoure a bexiga com uma agulha. Sobrará somente a estrutura feita de barbantes. Vocês podem colocar uma lâmpada dentro e fazer uma luminária, por exemplo.

Que tal testar e tentar e descobrir quantas dessas brincadeiras você consegue fazer com seus filhos?

Personare

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